quickpeep: Diário de Bordo

Diário de Bordo:
Dia UM

O grande dia!
Noite curta: duas horas de sono... depois de arrumar as malas e mochilas, estávamos de pé às 4:30. Tudo ainda escuro lá fora, alguns feirantes da Penha nem tinham chegado em suas barracas.

Será aqui atrás?

Luiz e eu procurando o caminho certo para chegar antes das 8h na Av. Ibirapuera, Bourbon Convention Center, de onde partiríamos até o porto de Santos.

Pena que aquele ainda não era o nosso navio...

Lugar enorme – a primeira coisa que avistamos foi um outro navio, não o nosso, como um prédio deitado no mar! Eu, caipira que sou, não imaginava chegar nem perto de um bichão desses.

Após o check-in, fomos até a plataforma amarela. Pegamos um ônibus, por 5 minutos até chegar ao CVC – Zenith, nosso lar pelos próximos oito dias.

O Check-in é uma loucura!

O embarque foi tranquilo, muitas fotos de todas as formas e todos os lugares onde passamos.
Estávamos roxos de fome.
O valor das coisas no Porto superam até mesmo as altas taxas dos postos Graal! As facadas por lá são dadas com motosserra! Um pacote de Bis, por exemplo, a R$7,00! Uma Trakinas a R$5 e Passatempo a R$5,50! Perfeitamente compreensível nesta situação, claro... turistas sem nenhuma opção além dali compram qualquer coisa se a fome aperta e o sono confunde a razão. Mesmo nós acabamos levando um Club Social por míseros R$6,50, engolido a seco com lágrimas nos olhos de satisfação.

E lá estava o Zenith - nossa nave-mãe.

Já no navio a história era bem outra: “tudo incluso” soa tão doce aos ouvidos... Uma variedade enorme nos fazendo esquecer até os bons hábitos, hehehe.

Epaaa!

A cabine dupla era, como o coraçãozinho indicava no folheto, uma cabine de casal... Por sorte, havia duas camas unidas que Luiz e eu tratamos de desunir! Fora isso, quarto completo com TV a cabo também.

"Aí, sim!"

No treinamento de sobrevivência, procedimento padrão obrigatório, onde aprenderíamos como reagir diante de uma emergência, o sono me pegou... nunca havia vestido um colete salva-vidas antes, então ainda não sabia como aquilo pode ser confortável e aconchegante... como um abraço. Cochilei e acabei perdendo boa parte do que a mulher disse. Mas nenhuma emergência deve acontecer!

Zzzzzzzz..... era exatamente como eu me sentia, hehehe

A partida foi adiada das 17h para as 18h. Luiz e eu na proa do navio aguardando, mas o sono venceu desta vez... voltei para o quarto de onde pude sentir os primeiros movimentos e... oh não... o balanço do mar... ulp... não me acostumei ainda, como se estivesse em um brinquedo de parque de diversões do qual não sairei tão cedo... estou lutando contra a ânsia, sugerindo ao meu cérebro que posso – e vou - facilmente me acostumar.
Notebook ligado, escreverei dia após dia para entupir o blog quando voltar.

O jantar é às 22h. Vamos vestir algo social... ehehehe

Da esquerda para a direita, Noriyuki e Cristiane Sato, Giuliano do Ryuusei, Daniel, Daniela do Seinen, um bonitão e o Luiz. Ainda não conhecíamos ninguém muito bem...

Nossa mesa era compartilhada com um casal de japoneses que estavam no nosso ônibus mais cedo. Conversando, qual não foi a minha surpresa: Cristiane Sato e Noriyuki Sato, nada menos que os fundadores da antiga ABRADEMI. Mais um daqueles momentos de vitória pessoal para mim! Me sinto privilegiado em encontrar as pessoas influentes que eu conheci na adolescência através das revistas que eu consumia. Ambos escreviam para a Heróis do Futuro e nas primeira publicações de Ranma ½. Uma época de ouro!
Éramos quatro adultos, numa mesa de restaurante superchique, falando de animes que gostávamos! O melhor é saber que a experiência deve se repetir todas as noites aqui.

Conhecemos o cassino e as lojas daqui. Vimos a lua gigante entre as nuvens lá fora, refletindo no mar aberto... Um verdadeiro desperdício, cenas tão românticas ao lado... do Luiz. Hahahaha, sniff.