segunda-feira, 10 de maio de 2010

do Maternal

Tomei algumas notas na quinta-feira passada, durante a última viagem para casa:

"Encontrar a familia é entrar em contato com meus pontos fracos. Me sinto bem mas, no instante seguinte, sinto um terrível mal-estar: Discordo de suas expectativas. Estão sempre me cobrando de algo que fui e não sou mais ou de algum modo antigo de agir como todo mundo age por aqui.
Provavelmente seja uma daquelas coisas que se repetem através dos séculos. Nada muito novo.
Às vezes tenho a impressão de que o objetivo final das coisas que construimos é nos enfastiar delas."

Vê-se que os primeiros dias na minha terra não foram tão perfeitos quanto os últimos, afinal, dar tudo certo quando visito a família costuma ser uma exceção à regra. De qualquer forma, eu é que preciso ser mais compreensivo, já que sou quem está vendo as coisas deste ou daquele modo.

Não fazia visitas tão agradáveis há muito, muito tempo!
Uma busca nas postagens antigas sobre meus dias em casa são sempre enfadonhas, lastimando alguma coisa mas, desta vez não foi assim.

Pequenas coisas que parecem não ter importância mas que, no melhor sentido da expressão, não têm preço:

O cheiro de empanado de queijo gorduroso na rodoviária.

Tomar sorvete no carrinho do tio da praça.

Visitar o mercado municipal e descobrir um milhão de coisas, comidas e aromas diferentes.


Ver que os problemas que perseguiam tão insistentemente seus parentes mais próximos, agora, não existem mais.


Colocar na churrasqueira algo mais que carne e linguiças...



Minha sobrinha de 4 anos que tomou um dos meus fones de ouvido e não quis devolver até cair no sono, ouvindo The Vines sem se importar. Meu sobrinho de 5, que se orgulha por tomar banho sozinho e diz que já lava muito bem o seu "lulu"... Vou lembrá-lo disso um dia, hehehe.

Minha irmã se casou e, depois de muitos anos, deixei sua casa sentindo o clima mais leve.

Peguei o volante pela primeira vez - sim, só agora... - e aprendi as primeiras lições em dois carros diferentes numa estrada de terra - quase afundei numa valeta...


Minha sobrinha tem três pernas mas é muito saudável.

Vi parentes que eu desconhecia e parentes distantes que, inocentemente subestimam minha profissão - "Ele trabalha com aqueles gibizinho japoneis". - mas ficam boquiabertos só por saber que fui atrás do que eu realmente quis fazer, mesmo nem sendo uma profissão reconhecida pelo governo...
Orgulho às vezes é tudo que eu tenho para me orgulhar.

Enfim, ter uma família agindo como uma família é uma eventualidade e tanto para ser desperdiçada!
Meu fim-de-semana foi praticamente perfeito - faltou só uma pessoa ao meu lado...

Escrevo este post no meu antigo e abandonado computador, em Taubaté, horas antes de voltar para a Capital e ser engolido pelo trabalho. São 10:05 da manhã e, acreditem, minha mãe já está preparando o almoço! Não aquele arroz com hamburguer ou um miojo explosivo... melhor nem pensar!

- Já vou, mãe!


Tcharans! - Peguei todo mundo, eram dois! Hohohohoho...

8 comentários:

Odin disse...

so perde pra do Cleusa q faz o rango as 9 horas pra almoça as 11:00 kkkkk

André disse...

ehueheuheue

Botazinee. disse...

Tem q ter orgulho mesmo de ser desenhista sim q é algo quase impossivel aqui no nosso Brasil .
Voltar para casa é encontar o nosso ponto fraco ^^/

Unknown disse...

Ah! Família é tudo de bom! Com defeito e tudo o mais.
Só uma coisa q eu odeio: eu sou a última de todos os inúmeros primos com idade pra casar q está solterérrima. A pergunta q me amola: "Pra quando é o casamento?" "Agosto" "Oooh!" "À gosto de Deus." "Ahhh...Mas não tem nem um paquerinha???" "NÃÃÃO." ¬¬'
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!!!!!
Me deixem em paz!!!

André disse...

Botazinee: Precisamos nos unir e manter o orgulho da profissão!

Francine: essa piadinha de "agosto" é típíca de parente mesmo, huahauhau. Não esquente a cabeça ^^ Invista em vc e vai acontecer, mais dia, menos dia... aí, só de propósito, vc esconde até completar alguns meses, depois conta! Sei lá por que mas fazer isso dá um prazer enorme, hehehe.

André disse...

solterérrima é muito. Solteira só já ta bom :P

Unknown disse...

Melhor seria eu eu me casar e não mandar convite pra ninguém! Aí ia ser legal, eu ia amar! HOHOHO
Bom, serei solterérrima aos 30, falta pouco, 5 anos e 1/2 voam.
Nunca liguei de ser solteira, não importa se me casar com 40, o q importa é casar com quem se ama e com a cabeça feita.
Mas eu ODEIO q impliquem comigo dizendo: vc tem q ir atrás querida, ou então vai morrer solteira!
Tipo... ¬¬ melhor morrer solteira do q fazer isso. Bah!

André disse...

sou do tempo em que o homem deveria ir atras ^^
prefiro assim!
(machista, eu?)