Aconteceu semana passada ao voltar do supermercado.
Bernô e eu com várias sacolas de suprimentos vitalícios (óleo, hamburguer, biscoitos...), fomos recebidos pelo cachorro mais amigável da rua que recebeu do Bernô o singelo apelido de "Ninito".
Antes dele, o cachorro mais famoso era o chihuahua de pelo longo, arisco e cagão dos bolivianos ali de cima que apelidamos de "Perrito".
Ninito é um cachorro grande, orelhudo e festeiro, amigo de todos os moradores da rua (pelo menos eu acho). Adora quando seus donos o soltam no fim da tarde, gosta de chuva e só late mesmo para os pombos que param em seu portão.
Naquela noite, antes de entrarmos na casa eu o vi de longe e assoviei. Ninito veio correndo. Ganhou um afago meu, outro do Bernô mas... epa! Parecia mais empolgado que o normal. Ignorou as sacolas com comida, cheirou a barriga* do Bernô e, cego pelos feromônios, grudou logo em sua perna direita, fazendo movimentos pélvicos como uma furadeira!
Ainda bem que não deu tempo de Ninito por pra fora a tampinha da bic vermelha... se é que você me entende, hehehe.
*Observação: Lá em São Bernardo, Bernô tem uma cachorra em sua casa, a Pitty. A animação do nosso amiguinho orelhudo provavelmente foi devida ao cheiro dela nas roupas do headbanger.
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